
domingo, 11 de novembro de 2012
Sensations
The day went by and the night came forth
And with none whatsoever a blink
I stared at the sky and I dared to think:
“My Star is brighter and shinier too”
Then I felt so fearless
And deep within my heart
I wished the Sun was nameless
So I could name it after you
As I laid there crouching
Knees widely spread, gauging
The immensity of the darkening blue,
In the dirt with a handful of clay
Suddenly came a thought:
“If I could sculpt Love
In the shape of a woman
I would be sculpting you”
No matter what I thought or said
Or how many thousand flowers
I’ve picked and brought in my head
I still had many questions:
“How can I reach the sky
to grasp the prettiest star?”
“How can I hold you tight
If the ground is way too far?”
And by God I swear, I felt such fright
While standing there for hours
Breathing those new sensations
Tatiana Pereira
domingo, 4 de novembro de 2012
A Pior Parte
Não mais luz nas cores;
A cortina cinza desce,
Escorre a treva e desce
Apaga e assombra o negro
Do vazio…
Lembro-me de em tempos
Ter roubado aos anjos as suas
Pétalas de flores num alfinete
Que te pendurei ao peito;
A luz!
E dentro das cores as cores
Dentro de cores, dentro das cores
De cores
Um vento frio surge na tua boca
Que beijei e como me rompe
O espirito! Sombra, quando
Me deito de mãos unidas ao peito
Segurando o coração que se quebra,
E quebra na voz oculta que grita
Plenamente louca
E que não se faz ouvir…
Na companhia do amor
Vi-te olhares-me dentro dos olhos
Com um olhar que nunca to conheci,
E após a beleza das palavras
(Em que me falaste de um mundo
Onde coubemos em silêncio)
A tua alma eu descobri - A Luz
Sou o espectro da alvorada!
Fogo ardente que não queima
Mas me transforma em alguém
Parecido a mim
Murmuro numa voz abafada
“Sou a pior parte de mim…”
Não mais as cores
“A pior parte… de mim…”
Não mais a luz!
“A pior parte do meu Inferno”
Akila Sekhet
sábado, 6 de outubro de 2012
Sarah

My heart is pounding and my sight is blurred
For today, while I search inside my heart,
Like every day before I feel so sure
That no one has ever left me so allured
And I promise you once more, there’s nothing
That can make us grow apart
I can barely wait to reach the sky
Where you and I will be together
In every way I could only dream
So unlikely, or so it seemed...
Thus our shattered heaven
Always prevailed, growing stronger
Than ourselves, spreading out
To the world around us even faster
When we found our will and strength
To live (like never before)
This love forever after
When I close my eyes I can clearly see
All that is and what’s meant to be;
My mind flies, blown out, when I think
Of the person which is the best part of me
I’ll eternally remain by your side
As you do (night and day) in my mind
While life leads us closer or even astray,
‘Cause I’m oh, so certain! That we have
All that it is hard to find - so my soul,
With yours, forever I will bind.
Tatiana Pereira
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Fable
At last, my mourning mirrors
Were seemingly blessed to see
Every bit of marvellous wonders
I have only dared to dream
In my nightmarish past
I wished... amongst many torments
So incredibly vast, I wished...
Chaos! Chaos! And me being unable
To surpass the blackened colours
Which consume such fable
Still, Oh! How I wished
And longed for the chance to feel
Those distinct words that so intensely
Have appealed to me; however surreal
Those written writings that I once
Wrote could be
Tales of joy, tales of sorrow
Shan’t properly belong elsewhere
Than in that immensely tiny book
Of sentiment I never meant to share
Tatiana Pereira
sábado, 9 de junho de 2012
Mar(tírio)
Para além do sal e do monte,
Para além do Sol
angelical,
A esfinge surge-me
de fronte
- Ladeada de
lobos a assegurar -
Que a distância que
nos separa
Nenhum deus poderia
atravessar
Subitamente tudo
parou…
E o abismo dividiu
o mundo;
Flutuei
arduamente sobre as águas
Mantendo o olhar lá
bem no fundo;
Mente louca! Terno
beijo dado…
(Para meu grande
desagrado)
De larvas encheu a
minha boca;
Os uivos, quão
incessantes!
Quando um deles se
transformou
Em esbelta mulher
possante atendendo
Em meu clamor: “Agora
liberta-te!”
Foram as palavras
que vociferou
Antes de fazermos
amor
Oh, estranha
euforia
De todas as
palavras cobiçadas
Eram essas que me
traziam alegria;
Estarrecemos
envergonhadas
Olhando-nos dentro
do olhar
Até que fossemos
medusas
Fluindo pelo imenso
mar
Akila Sekhet
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Solidão
Pensei e pelas frestas engendrei caminhos
Únicos que subitamente não percorro;
De onde surgem estes pensamentos
Que não são meus? Estes, em que morro…
Mas a solidão vem e parte e vem
Oh, esta solidão da saudade de um tempo
Em que me amei e também ao mundo
Que eu sei! Sim! Eu sei, que do todo a sua
Parte sublime eu
então desfrutei
Ou talvez ilusão… as minhas pernas
Caminham em passadas mais largas que a razão
E a mente alucinada escapa para realidades
Que inconscientemente criei
E no corpo: Oh, corpo de sangue
E sangue de água putrefacta do lixo
Sentimental de tudo quanto quis,
Do que estimo ou me orgulhei;
Esperanças vãs que imaginei semear
Em duvidoso algo ou alguém
E o seu perfume me seduziu;
E a linguagem do coração me iludiu;
E a água, oh doce água nas palavras
Desentendidas de quem (não sendo cego)
Também nunca viu… o amor… no real
Sentido em que me atingiu
O seu nome é Solidão… Lembro-me
De quando trocámos olhares
Que deram as mãos, e da sua língua
Ardente deslizando no meu peito
E me devorando o coração
Seus enganos “amo e amo” sussurrados
No meu ouvido como brisas primaveris
Que me faziam salivar pelos seus aromas
Subtis que nunca antes havia sentido
E fazíamos amor, “Amor” dizia eu -
Enquanto se satisfazia com o meu corpo
Despido, divertindo-se comigo
Minha doce e amada Solidão
Tatiana Pereira
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Linha Invisível
Vade retro! Toda a apatia
Catatónica da indiferença
Na qual vivem os mortos!
Clamo que no meu finado olhar
Não se espelhe o submisso
Conformismo social
No qual vivem os leigos
Prezo e guardo maior respeito
Às vicissitudes do corpo e do espírito
Do que às tão aclamadas virtudes
Automatizadas dos demais
Escarro na manchada bandeja
Em que me é servida a bondade
E a clemência de pretensiosos
Mártires; Meras personagens
Em peças de altruísmo
Num teatro de fantoches!
Farsa! Como me divertem
Os falsos profetas apregoando
A hipocrisia de si mesmos
Deito-me com o ódio
Enleando-me em teias
De obscenidades mórbidas
Sob um dossel de chamas
Para na alvorada despertar
Na companhia de um cadáver
No meu leito e o amor no ar
Que me adentra no peito
Que me adentra no peito
Que ardam os homens!
Que ardam até as donzelas
Cujas máscaras derretem
No fogo do desejo
Estas, cujos lábios rosados
São o sangue da Verdade
E na brancura do sorriso
Brilha o sémen luciferino
Da conspurcada Vontade
Quero ver o céu explodir
Na merda que lhe é lançada
Pelos louvores dos imbecis
Que morram todos os astros
E estrelas no firmamento!
E que do seu pó se forme
Tal serpente perniciosa
Que aniquile a humanidade!
Akila Sekhet
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