terça-feira, 27 de agosto de 2013

Agosto













Quanto oscila a mente entre a fúria e o desgosto…
As lágrimas do espirito correm mais que as pernas,
Que nos passos desenham uma gélida tarde de Agosto

O mundo é para trás, demasiado adormecido
E lento para a mágoa; distante dos prazeres
Tão difíceis de reter como entre as mãos
Segurar uma pequena porção de água

Persegue como a sombra que, unida aos pés,
Esboça as formas do vulto, dança em redor
E espalha a Treva num tumulto

Ou como a música que chora de amor
E odeia o esgar de um sorriso efémero
Só pelo facto de se recordar

Lento como a velocidade que se arrasta
Para lá de mim e te trás no meu encalço
Enquanto cismo em seguir
O caminho para lado nenhum….
O caminho para fugir
De mim

Akila Sekhet