sábado, 16 de setembro de 2017

Hope











Tempest came, ranging solemnly 
Through the gloom which nailed my eyes.. 
And every color turned dim in a set 
Forged by blinding doom in disguise

I've seen the honey river flowing 
(Though the walls that you've built 
Became a burden to the stream's 
Overpowering current) from your sugar 
Lips it has already spilt

Shall you be my winter shroud? 
When I peer into the abyss 
All I can see is my lonely 
Corpse crying out loud

The laughter of a thousand galaxies 
Behind that one smile that made me whole, 
Showing the Gods that it is your gestures 
Creating the wind that refreshes my soul

Do not be startled by the piercing sound... 
It's just the shrapnel from the frozen 
Stone that lies within my chest 
Falling on the ground

Akila Sekhet

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Catharsis














The wind carries your scent 
As you walk right in front of me 
Every step - the body waving 
(Almost as if dancing) 
And the giggles once trapped by 
Your velvet lips finally roam free 

I come closer silently, and though 
We do not touch I can feel the warmth 
Emerging from your skin - 
As it has always been - realizing 
You've been wanting me just as much 
As I have beseeched you to be 

I breathe into your neck ever so discretely 
And your shivers thrill me as I'm going deeply, 
Into your fantasies, of wild love and freedom 
Growing like four-leaf clovers between the trees 

Insanity flows, so wet that it's dripping, 
Savage lust forges the sound 
Of your clothes ripping, under the moonlight 
On which we are bound to endure 
These cravings until the morning sun 
Rises with all it's mighty contour. 

Akila Sekhet 


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Image: Catarse by João Pedro Marques

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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Malak












Trazes na flama da tua pernada 
Galáxias desfeitas pelos teus pés; 
Enquanto te escondo do mundo 
Represento, solene aquando extenuada, 
E ao invés de tépido o teu rugido 
Arde nas vísceras, soprando 
Um caos do mais profundo 

Tens o reflexo espelhado na brisa 
De um devaneio longínquo e malfadado... 
Demónio! Irmã que vive o sangue 
De cariz complexo, da minha raiz 
Ramifica a tua no sentido inverso. 

Do meu sepulcro ergue-se a tua mão possante  
Corrompe a mente e esconde-a em sedas  
Enroladas na alma como que um turbante;  
Da tua identidade procuro o fulcro, com insucesso   
- Devo declarar - ao te manifestares nas fissuras 
De esfinges quebradas por um ínfimo esgar.

Tatiana Pereira

Alvorada












Alvorada, quando a sonolência dos seres
é inundada pelo chilrear do vazio
que atravessa o silêncio da madrugada

Longas passadas pela calmaria
das horas memoráveis; pelo riso...
Vivo! que nasce do arrebatador espírito
De quem já nada via
E que aprendeu a sonhar

Atenta... os deuses gritam implacáveis
E a vibração turbilha ao longe
Com as ondas do mar

Nas suas vozes ouvi a claridade
atravessar a noite que perdurava 
Em mim e, na verdade - além de sua fealdade -
Num flamejante raio turquesa fulminava
a terra húmida com o doce aroma a Jasmim

Neblina da ilusão, nascida em si e do gelo
em combustão, lança gotículas grossas
Que em cascata escorrem do meu cabelo


Tatiana Pereira