sexta-feira, 14 de abril de 2017

Alvorada












Alvorada, quando a sonolência dos seres
é inundada pelo chilrear do vazio
que atravessa o silêncio da madrugada

Longas passadas pela calmaria
das horas memoráveis; pelo riso...
Vivo! que nasce do arrebatador espírito
De quem já nada via
E que aprendeu a sonhar

Atenta... os deuses gritam implacáveis
E a vibração turbilha ao longe
Com as ondas do mar

Nas suas vozes ouvi a claridade
atravessar a noite que perdurava 
Em mim e, na verdade - além de sua fealdade -
Num flamejante raio turquesa fulminava
a terra húmida com o doce aroma a Jasmim

Neblina da ilusão, nascida em si e do gelo
em combustão, lança gotículas grossas
Que em cascata escorrem do meu cabelo


Tatiana Pereira

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