sexta-feira, 14 de abril de 2017

Malak












Trazes na flama da tua pernada 
Galáxias desfeitas pelos teus pés; 
Enquanto te escondo do mundo 
Represento, solene aquando extenuada, 
E ao invés de tépido o teu rugido 
Arde nas vísceras, soprando 
Um caos do mais profundo 

Tens o reflexo espelhado na brisa 
De um devaneio longínquo e malfadado... 
Demónio! Irmã que vive o sangue 
De cariz complexo, da minha raiz 
Ramifica a tua no sentido inverso. 

Do meu sepulcro ergue-se a tua mão possante  
Corrompe a mente e esconde-a em sedas  
Enroladas na alma como que um turbante;  
Da tua identidade procuro o fulcro, com insucesso   
- Devo declarar - ao te manifestares nas fissuras 
De esfinges quebradas por um ínfimo esgar.

Tatiana Pereira

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