Caos que aflora nas particularidades
Efémeras de outrora; Etéreas faíscas
De relances primordiais arrastando-se
No alvor da metamorfose que foge
Do pensamento medíocre da glória
E agora, nas areias infindas
Reencontram-se personagens
Tão bem (por mim) conhecidas
Do que o é e do que fora
Nesses tempos, em que a combustão
Se dava nas partículas aquosas
Que escorriam pela inocente carne
Alimentada na mundana ilusão
De ideias mentirosas… ou talvez não!
Separando-me do abismo
Para me abandonar no deserto,
Abnegando o cataclismo
Que se demonstrara tão certo
A abissal perda de identidade
Em submissões de negra realidade;
Ideais e crenças prostradas
No fogo árido da credibilidade
Divina besta interior agachada,
Erguendo-se pela coluna avigora
Na pedra lascada do pilar do Eu
Supremo que cresce a cada fronteira;
Mas de qualquer forma, sou!
O que fui e o que nunca aconteceu
E ao Mundo vejo-o à minha maneira.
Tatiana Pereira
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