“Ódio ou cansaço” Ponto de interrogação. São as duas palavras que me assomam e a marca de uma questão. Artista que não criasse no caos artista não seria, e o afluxo criativo a esta questão sucumbiria. Pode não ser bonito ou mágico, também não o será o mundo após o seu final trágico. Poetisa não sou, muito pelo contrário, é a gravidade que me impulsiona num sentido precário. Num bloqueio mental a imagem surgiu… Um solo virgem que a merda tingiu. Ignorância medíocre no meu regaço acolhida, maquinaria mundana na vulgaridade da vida. O pensamento (manhoso e traiçoeiro) usa máscaras contra a própria essência, fermentando o ego na sua concupiscência. No homem comum há algo que cresce, canibalismo sentimental num quadro de melancolia - pedradas de cimento social arremessadas em cobardia. Na minha intolerância crescente de um vácuo solenemente vazio, procurei no mundo em combustão a chama que se diferencia, para sucumbir depois á exaustão de prostrada empatia. Mas na crítica preconceituosa não me afundo pois sei das lacunas existenciais de meio mundo. Psicologicamente saudável é a minha insanidade, não fossem os podres dogmas da sociedade.
Akila Sekhet
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